Pensei em você o dia inteiro. Ouvi músicas e vi alguns filmes diferentes, filmes da categoria “cult”.
Lembrei-me de você.
As músicas construíam uma atmosfera tranqüila e conduziam meus pensamentos que, embora embaralhados, formavam você. Você e aquele sorriso disfarçado, que sempre vejo do outro lado de uma longa mesa cheia de pessoas que riem e fazem piadas. E seu sorriso passa despercebido aos demais, mas não a mim.
Talvez naquele vestido rosa, suas bochechas fiquem mais brilhantes e seu sorriso se exalte mais, é isso? Será isso?
Pareço estar divagando, às vezes vejo tudo como num filme. E você me pergunta: “Como se tudo se encaixasse e formasse a próxima cena?”
Sim, é mais ou menos isso, mas quando eu percebo nem sei mais como começo...
E você com alguns movimentos leves, pré-determinados, me olha sutilmente e ri. Percebe cada movimento meu, cada sinal que eu poderia ter dado. Sim, você percebe, mas é sempre sutil, mesmo quando ri alto você é sutil, mesmo brava ou ansiosa. Mesmo quando precisou desabafar e dizer palavras que não te imaginei dizer.
Eu sempre te disse: como poderia ser assim? Como ela poderia dançar músicas na rua com aquele jeito de criança? Quem permitiu que coubesse dentro desse mesmo corpo rosto e alma tão diferentes? Afinal, que sutileza é essa que me faz ouvir músicas e pensar
Ao som de Comptine D'un Autre ete
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