terça-feira, 22 de junho de 2010

Sobre esmaltes e futebol

É tempo de Copa do Mundo e vejo, mais do que nunca, camisas verdes e amarelas espalhadas pela cidade. 'Que bom!' penso ao observar o espírito nem sempre patriota, mas sempre torcedor dos brasileiros.

Há aqueles que, além da Seleção Canarinho, torcem para outras equipes, tais como a África do Sul e Gana, times mais fracos, mas que comungam de uma mesma origem brasileira. Louvável.

Mas tenho voltado meus olhos para algumas personagens esquecidas durante esse evento: as mulheres. O futebol é tido, originalmente, como um esporte puramente masculino, inclusive capaz de definir virilidade de seus admiradores. Alguns, no intuito de gozação, se valem de apelidos e chamamentos comuns ao que tange a homossexualidade. Mas o sexo feminino se mostra realmente frágil nesse âmbito. Será?

Está certo que as unhas pintadas com cores temáticas estão por todos os lados e que, quase nunca, escuto comentários precisos sobre volantes, centro-avantes e impedimentos. Kaká também é um nome bem cotado entre as vozes agudas.

Entretanto, preciso salvar este espaço por alguns momentos! Há mulheres por todos os lugares que entendem e discutem futebol com maestria. Conseguem perceber, por exemplo, a diferença entre a Argentina antes e durante a Copa. Assim como riram ao verem Thierry Henry reclamar insistentemente um pênalti contra o Uruguai, enquanto em outra edição o mesmo jogador classificou a França com ajuda de um dos braços... Sabem da felicidade e da dificuldade do possível confronto com a Espanha, caso nos classifiquemos em primeiro.
E porque não dizer que muitas tem bons argumentos para apoiarem e desapoiarem o técnico brasileiro?

Ora, não estou dizendo, porém, que a parte entendida do sexo feminino mascara suas características. Não é porque a sagacidade e a percepção futebolística se fazem presentes que as unhas e os cabelos andam mal arrumados. Ao contrário! Mulher que se preze consegue fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Consegue perceber a diferença entre um esquema 3-5-2 e um 4-3-3, bem como diferenciar um esmalte Risqué de um Colorama.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Fagia

Recentemente conheci o http://projetomaisvoce.blogspot.com/
Super interessante, o dono do blog, Gabriel Barone, se propõe a preparar todas as receitas do livro criado pelo programa da Ana Maria Braga.
Com bom humor e muita força de vontade o ‘chef de cozinha’ se aventura confeccionando e registrando cada prato preparado.
O mais divertido é notar as dificuldades que todos experimentam na culinária, como por exemplo fazer Tapioca, motivo pelo qual o levou à Rede Globo para aprender com a própria apresentadora.

Assim como o Gabriel, a gastronomia toma uma grande parte do meu coração.
Porque a cozinha, pelo menos a mineira, não é apenas uma coletânea de ingredientes num abandonado espaço físico. Rubem Alves descreve tão bem, com tanta nostalgia. Inquestionável:

“Nas casas de Minas a cozinha ficava no fim da casa.
Ficava no fim não por ser menos importante, mas para
ser protegida da presença de intrusos. Cozinha era intimidade.
E também para ficar mais próxima do outro lugar de sonhos,
a horta-jardim. Pois os jardins ficavam atrás. Lá estavam os
manacás, o jasmim do imperador, as jabuticabeiras,laranjeiras
e hortaliças. Era fácil sair da cozinha para colher xuxús,
quiabo, abobrinhas, salsa, cebolinha, tomatinhos vermelhos,
hortelã e, nas noites frias, folhas de laranjeira para fazer chá.
[...]
Sinto-me feliz cozinhando. Não sou cozinheiro. Preparo pratos simples.
Gosto de inventar. O que mais gosto de fazer são as sopas.
Vaca atolada, sopa de fubá, sopa de abóbora com maracujá,
sopa de beringela, sopa da mandioquinha com manga,
sopa de coentro... Você já ouviu falar em sopa de coentro?
É sopa de portugueses pobres, deliciosa, com muito azeite
e pão torrado. A sopa desce quente e, chegando no estômago,
confirma...A culinária leva a gente bem próximo das feiticeiras.”
http://www.rubemalves.com.br/cozinha.htm


E quem não gosta de feitiços? Desde os primórdios a religião e o misticismo se aproximavam muito da culinária. Há, inclusive, jargões famosos como: “prender pela barriga”, que ganhou até um livro escrito pela Professora Aurora C. Gomes.
Além disso, ainda acredito que recepcionar alguém em casa é sinônimo de ‘pôr a mesa’! Talvez seja porque meu tradicionalismo não me deixe desprender as raízes.
Em Minas, o certo é que não haja espaço não preenchido por guloseimas, normalmente por receitas de família. E ‘colocar as mãos na massa’ significa muito mais que misturar os ingredientes, é acrescer carinho ao que faz para servir alguém. Por isso, comer deixou há muito tempo de ser apenas uma necessidade fisiológica para mim. É motivo para reunir amigos, família, pessoas queridas.
Tenho pensando em algum tema para pequenas festinhas em casa, algo aconchegante que traga todos para a minha cozinha. Nada melhor que inventar motivos para unir sorrisos a uma boa comida.

(Re)paginando.

Segunda-feira é sempre um dia péssimo para se acordar antes das seis da manhã, mas não há dia melhor para se produzir.
Hoje li muitas coisas diferentes que me inspiraram a mudar a cara desse blog. Percebi que, em sua maioria, um blog tem um proprósito e este não tem nenhum claro. Por isso, resolvi que não escreverei sobre uma única coisa, nem apenas sobre mim, como anteriormente. Agora pretendo escrever sobre coisas que me intrigam e que gosto, ou não! Tenho uma pequena lista interiorizada que aos poucos fará com que o nome deste espaço faça muito mais sentido.
Talvez assim, eu possa continuar alimentando a mesma ilusão do Fábio Hernandez
'de que certas coisas escritas por mim possam, quem sabe um dia, despertar um sorriso num rosto triste.'


=)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Recapitulando.

Sorrisos instigantes, sol discreto e vento frio encenavam melhores do que eu que, mesmo quando tento disfarçar a ansiedade e a euforia, entrego meus olhos arregalados.

Cantar qualquer música para distrair e olhar para todos os cantos, almejando decorar cada detalhe, era maneira de me esquivar de outro olhar também minucioso.

As faces amigáveis sempre atrairam todos os tipos de artesãos, daquela vez não poderia ser diferente. Acompanhei cuidadosamente os movimentos que criavam a figura. Uma Lua! Outrora havia ganhado uma semelhante, mas também diferentíssima!

O fio de cobre, sem imendas, me trouxe mais percepção que apenas de um satélite. Olhar para a minha Lua me deixa tão feliz, me faz sorrir, agora largamente. Deixo de lado por alguns instantes o que estou fazendo para pensar um pouco.

Lembrar momentos únicos faz esquecer qualquer rotina cansativa.


Ao som de 'No Seu Lugar' - Kid Abelha

terça-feira, 15 de junho de 2010

Conversas de mudanças

"Would you tell me how could it be any better than this?" diz:
Não precisa falar de vc, Deh! Já dissemos: eu te conheço, sim.
Eu ñ preciso que vc fale de vc pra saber como vc se sente! Eu já te percebi tantas vezes, coração...! Acha que seria diferente agora?
E eu posso ser sincero com vc: vc sempre teve o carinho de todos, sempre quis o todo, o geral, os mtos amigos, as mtas companhias. E ñ se lembrou ou ñ quis perceber que mtas delas eram passageiras.
E agora sente falta de uma pessoa, só uma! Mas alguém que perdurasse.
Lembra qdo eu falava pra vc "Mtos de teus amigos vão te abandonar qdo já ñ precisarem de vc e vão te deixar"? Ñ é pq eu queria teu mal, Deh... É pq vc tem mta LUZ! É óbvio que mta gente vai querer estar perto de ti!
Só que essas pessoas são sanguessugas! Te sugam, sugam tua energia, toda a tua alegria e bondade e, qdo vc já ñ "serve" mais, vão embora!
E esse é o ponto negativo de pessoas iluminadas como vc. Estão sujeitas a isso, infelizmente.
Mas tem gente, Deh, que quer ficar SEMPRE do lado de pessoas iluminadas e querem aprender a, ao invés de sugá-las, renovar suas energias.

[...]


DeH diz:
mas alguém há de entender meu olhar, não apenas hiperativo?
"Would you tell me how could it be any better than this?" diz:
Modéstia à parte? Eu entendi... =/
E sei que deve haver pessoas que entendam e que ainda sejam de seu entorno.
E é a essas que vc tem que se doar!
Essas são as que realmente valem a pena! Pq vc nunca se sentirá vazia ao se doar a elas.
DeH diz:
uma coisa é se doar para amigos, querido!
e a outra doação?
e como fica o outro lado do meu coração?
eu que nunca fico assim
não capaz de dividir essas coisas...
"Would you tell me how could it be any better than this?" diz:
Mas Deh, meu anjo... isso sempre foi algo que vc nunca quis. linda.
Na verdade, a "culpa" é tua. E entenda essa "culpa" como tua vontade, meu anjo.
Vc nunca teve vontade de se doar pra um namorado, uma relação. Vc relutou mto pra se doar a mim, e só o fez pq me amou!
Basta vc analisar se vc REALMENTE ñ quer ou se o teu inconsciente quer e vc tenta se negar a ele.
É isso o que falta!
Se vc perceber que o que de verdade quer é alguém pra partilhar teu álbum de fotografias, se se convencer disso, já fica muuuito mais fácil!
Pq, sinceramente, ñ tem quem ñ queira se doar e ter tua doação no caráter sentimental, Deh! Duvido que haja alguém assim, pq vc é o que mtos diriam "a mulher dos sonhos".
DeH diz:
não existe personificação de tal metáfora
[...]

DeH diz:
eu carrego em mim tantos anos quantos não posso contar
e sinto uma inocência pueril ao lidar com certas coisas
"Would you tell me how could it be any better than this?" diz:
E espero que vc continue sendo assim, inocente e madura!
É isso que te faz ser especial.
É isso que faz com que vc ñ pertença à mediocridade.
[...]


"Would you tell me how could it be any better than this?" diz:
Ñ tenha pressa, coração! Ñ mesmo!
Reflita, pense. Mas ñ se gaste demais pensando nisso! Vá com tempo!
Vc é uma pessoa incrível! Eu SEMPRE falei, e isso tem mta gente que pode provar, que vc seria a "pessoa perfeita" no futuro, qdo estivesse madura e se aceitasse como é.
Pq vc é inteligente, é sagaz, tem ótimo senso de justiça e de liberdade, tem discernimento.
Só precisa perceber o que realmente falta e o que realmente quer! Tendo isso, vc ñ vai precisar nem lutar pra ter, pq tem mta gente que te oferecerá isso.