domingo, 26 de setembro de 2010

Estação das Flores

Algumas músicas ainda me fazem suspirar, como aquelas da minha adolescência. Tenho evitado ouvi-las para não conseguir recriar nenhum momento nostálgico.

Alguns filmes tem sido tão chatos de se ver, alguns programas muito repetitivos e as novelas já não me apetecem há um bom tempo.

Algumas cores têm parecido tão berrantes, outras monótonas têm me chamado mais atenção. Meu guarda-roupas tem sentido a falta de novos vestidos floridos que sempre compunham meus finais de semana.

Alguns cheiros têm me feito falta e, os que estão ainda aqui, me trazem presenças. Alguns cheiros parecem iguais a outros.

Alguns dias tem chovido, outros, feito sol. A primavera chegou mudando tudo, mas estou à espera de um pouco mais de vida!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pratos limpos e novos.

Desci correndo a rua de casa, sorri enquanto ouvia uma música bonitinha. Enquanto isso dançava ao compasso do som que envolvia cada partezinha de mim.
Descobri dois carros parados e com passageiros que me viram dançar pela rua. Sorri e continuei.

Subi todas as escadas com bastante pressa, precisava chegar em casa logo. Entrei, liguei a tv e sintonizei no jogo: Fluminense x Atlético Mineiro.

Enquanto o computador ligava fui até a cozinha e escolhi o maior copo. Enchi-o de água gelada. Precisava descansar.

Precisava postar cada uma dessas palavras de agora. Enquanto isso ouvia pelo meu fone de ouvido a música "Vagalumes" cantada por Marina Machado. Uma linda música...

A internet 3G não conseguiu ser tão rápida quanto a minha necessidade desejava, portanto estou escrevendo no bloco de notas e em seguida passarei para o blog.

Hoje reuni algumas coisas, adoro fazer isso, coleciono muitas coisas que ganhei, coisas que achei, coisas que sempre quis ter e que delimita muito do que sou. São bilhetinhos, cartinhas, cartões e muita, muita coisa que me faz rir e relembrar cada dia que passei ao lado de muitos que amo. Ou mesmo coisas que me lembram das minhas reações ou meus relacionamentos: minhas amizades e amores. Eu passei muitos dias da minha vida trocando recados, gosto disso, não à toa tenho um blog, amo falar e escrever.

E eu toquei cada um desses papéis guardados, reli calmamente e fui transportada para muitos lugares. E pude me sentir aliviada como não me sentia desde a última sexta-feira que me pegou de surpresa derrubando algumas certezas.

Notei que já errei muitas vezes e subestimei muitas pessoas. Fiz opções erradas e certas. Fui uma autêntica adolescente quando pude, fiz vista grossa em muitas situações, sonhei, flutuei nos céus e mares, eu fui eu mesma em cada um desses dias.

Eu pude viver as consequências de cada uma das escolhas por que optei. E não foi diferente esta semana.
Devo dizer que ainda estou surpresa e chateada porque umas das relações que mais preservei e guardei na minha vida tomou um curso que nunca esperei. Mas hoje, ao ver tudo que cercou os momentos em que dividimos cumplicidade, piadas, risadas e amizade, soube que nada na vida é em vão e nada após acontecer pode ser modificado.

Bem, estou contente por ter a certeza de que fiz tudo que quis e, que em nenhum momento, quis machucar ninguém. Claro, houve momentos confusos, houve muitas outras coisas... Mas agora, que as vidas tomam destinos opostos e sem novo encontro, creio que ter relembrado tudo desafogou meu coração que temia ser leviano. A amizade que muito foi importante pra mim, ainda vai estar presente em cada ação minha, já que contribuiu para a Déborah de agora. Mas é hora de comprar novos pratos, colocar nova mesa e esperar boas visitas.

=x

ps: se alguém encontrar algum erro ortográfico ou de concordância, me perdoem, escrevi tudo em poucos minutos e não pretendo mudar nada. ^^

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Fechada pra Balanço

Dando um tempo nos espaços em branco e nos espaços preenchidos.



Dia desses reativo o blog. Não obstante, não tão distante.



=)

sábado, 18 de setembro de 2010

Caleidoscópio


caleidoscópio
s. m.
Aparelho de física, para obter imagens em espelhos inclinados, e que a cada momento apresenta combinações variadas e interessantes.



Ler o meu nome, ou meus apelidos mais antigos, escrito por toda parte externa me fazia rir de maneira muito tímida. Eu não acreditei que ele pudesse se lembrar de alguns comentários tão aleatórios. Ele lembrou! E construiu um dos maiores símbolos da minha vida.
Alguns objetos carregam mais que apenas uma definição ou utilidade. Possuem histórias e a minha é pueril!
Quando criança, na casa da minha avó Alice, eu brincava por muito tempo com uma espécie de cone. À medida que eu me movia, ele também e construía novas formas e desenhos. Eu me encantava!
Mas a minha avó morava na capital e eu, no interior. Eram raras as vezes que nos víamos. Então eu fui crescendo e nunca soube o que aconteceu com o brinquedo preferido que me recorda casa de vó!

Pois bem, eu só contei essa história uma única vez na vida! Eu tenho um grande amor pelos momentos infantis que vivi e não costumo dividi-los por serem parte integrante de uma Déborah que envelhece mais que deveria.
E ao contá-la tive o prazer de despertar em alguém a vontade de recuperar parte da minha infância. Eis que ganhei um caleidoscópio de presente de aniversário e pude ficar horas e horas vendo o mundo mudar diante dos meus olhos.
Hoje, nos dias em que gostaria de me fantasiar ou me esconder, fico observando como tudo muda apenas por uma questão de interpretação. É mais que meros "espelhos inclinados", é mais que um cilindro com meu nome, é mais que um objeto, mais que um presente. E era óbvio que não poderia ser alguém diferente para me presentear... "Ranieri-Belchior-Hitler-Santos Dumont-Chaplin-Pablito-Fernando Pessoa-Luiz Fernando..."
Obrigada, querido!!


pós scriptum: Eu quebrei o caleidoscópio no primeiro dia! Mas já consertei, tá?! ¬¬

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A verdade a ver navios

Andei reconsiderando uma série de coisas nos últimos dias. As palavras, as vontades e os pensamentos; dividida entre mil pedacinhos que constroem a minha razão, tenho me perdido em algumas divagações.

Olhei para a minha janela e observei o bairro dormir. Isso me distraía enquanto a alma tentava se elevar. No fundo as mesmas perguntas me ocorrem.

E quando sou avisada do que tem se passado pareço assustada, tenho os olhos trêmulos e desejo um pouco mais de serenidade. Mas a minha transparência é tão fugaz, ressalta às vistas de qualquer um e anuncia o que martela em minha cabeça.

Ai, mateladas fortes! Doem como se quebrassem meu crânio, como se abri-lo fosse a maneira mais fácil de fazer adentrar o que quero negar. E se nego, fujo e finjo, a dor se torna insuportável! Maldita hora que me foi dita a verdade que eu não queria ver.

"Mas é impossível repetir o que só acontece uma vez. É impossível reprimir o que acontece toda vez que alguém acorda porque já não aguenta mais [...]"