quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A verdade a ver navios

Andei reconsiderando uma série de coisas nos últimos dias. As palavras, as vontades e os pensamentos; dividida entre mil pedacinhos que constroem a minha razão, tenho me perdido em algumas divagações.

Olhei para a minha janela e observei o bairro dormir. Isso me distraía enquanto a alma tentava se elevar. No fundo as mesmas perguntas me ocorrem.

E quando sou avisada do que tem se passado pareço assustada, tenho os olhos trêmulos e desejo um pouco mais de serenidade. Mas a minha transparência é tão fugaz, ressalta às vistas de qualquer um e anuncia o que martela em minha cabeça.

Ai, mateladas fortes! Doem como se quebrassem meu crânio, como se abri-lo fosse a maneira mais fácil de fazer adentrar o que quero negar. E se nego, fujo e finjo, a dor se torna insuportável! Maldita hora que me foi dita a verdade que eu não queria ver.

"Mas é impossível repetir o que só acontece uma vez. É impossível reprimir o que acontece toda vez que alguém acorda porque já não aguenta mais [...]"

Um comentário:

Prima. disse...

Quantas vezes vou ter que repetir que você escreve muito bem e fico feliz que o Luiz conseguiu 'trazer' a sua infância tão queria com um simples ato, um simples presente feito artesanalmente...sabe, se ele vivesse na época da transição do feudalismo para capitalismo ele ia se dar bem como artesão! kkkkkkkkkkkkk