segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Treinando amores.

Hoje eu amei um homem. Não o fitei por muito tempo, não sabia seu nome, não trocamos nenhuma palavra.
Era casado, devia ter filhos da minha idade. Seu rosto carregava as marcas dos dias, do sol, das estradas. Era fruto das suas vivências.
Não pude sorrir, não tive tempo para isso. Antes que a minha face pudesse demonstrar algum carinho, ele se levantou do banco e saiu.
Certamente, nunca mais o verei. Nem sequer me lembrarei do seu semblante. Essas coisas acontecem quando sentimos o que não podemos explicar.
Eu amei um homem comum, com anseios e inseguranças, com lembranças e tristezas.
Vi seus passos sumirem pela rua.
Há muito tempo deixei de amar pessoas pelo simples fato de serem pessoas normais. Hoje as coisas pareceram esperançosas para mim: eu amei a mim mesma ao amar tudo o que todo mundo é.

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