domingo, 25 de abril de 2010

Rúbeo

Quando imaginei ter perdido totalmente a minha sensibilidade antiga, compreendo sua volta!
Por Deus, como me vejo feliz agora!!
Uma vontade de fazer as coisas mais loucas do mundo e no final rir de tudo que me deixou preocupada. Que vontade de sair sem algum destino certo, e apenas sorrir por um longo tempo. Que saudade imensa dessa sensação! Uma sensação tão solitária e independente, não há como ser mais completa porque é dada assim: puramente!
Há tempos não me olhava com os olhos limpos e me via tão nua e viva! Como sentia falta disso, como estive me sentindo pesada, cansada e com olhos sem contraste.
Num dado momento de minha vida comecei a assumir mais compromissos que poderia cumprir e minha organização e planos foram água abaixo.
E agora, que já tracei a linha do destino básico, sinto tanta liberdade e desejo de sorrir, inclusive para os meus problemas. Rir daquele jeito desgovernado e desenfreado, gargalhadas de pura elouquência e êxtase.
Que venha o que tiver para vir, agora meu peito está aberto. O vento fará esvoaçar meus cabelos e o sol vai inundar o negro asfalto.
Vou retirar do guarda-roupa o vestido vermelho nunca usado. Estou pronta para rasgar o horizonte e sentir elevar a alma.

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