sexta-feira, 16 de abril de 2010

Infantilidade Adulta

Notei, ultimamente, que muitas pessoas sempre associam ingenuidade e imaturidade aos pequenos, não concordo. Tenho uma irmã caçula e, por isso, tenho a oportunidade de observar de perto uma criança em diversas partes do dia.


Há nas crianças um espiríto cientista nato. A vontade de descobrir e redescobrir as mesmas coisas que nós sabemos, (sabemos?). E por mais que haja sempre alguém para avisar onde ou não elas devem mexer, elas mexem. São aventureiras por si só!
E jogam coisas do alto pra ver se caem, pegam em algo quente pra ver se dói, são milhares de experiências diárias que, por sinal, me fascinam.

O paradoxo entre tudo isso é que nós, os adultos, quase nunca testamos nada. Temos um roteiro próprio, uma lista de coisas a seguir. Aliás, quantas listas temos? Lista de compras, lista de amigos, lista de viagem... Precisamos o tempo todo nos nortear, normalmente usando estigmas, coisas tão arcaicas e sem graça. Não me recordo da última vez em que me perguntei: 'e se não for assim?' Também me acostumei a levar a vida pelo pré-estabelecido e não ficar jogando roupas pela janela do apartamento pra saber a sensação, como fez minha irmã. Mesmo assim, ainda tenho dúvidas sobre quem é mais infantil...

Claro, as roupas não precisam ser arremessadas, mas voltar à fase do 'por que?' seria curioso! E por que não usar isto ou aquilo, por que ser simpático ou ter empatia? Há tantos poréns! Inocentes somos nós que recebemos tudo como pronto, terminado!
Dá uma vontade de sacudir tudo, mas ai eu seria rebelde sem causa, que já é uma outra coisa, assunto pra muitos mais textos...

Enquanto isso vou me preparando para viajar e, desta vez, sem listas!!!

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