Também foi um mês de ruínas, de demolições estrondosas. Certa vez ouvi que para se criar algo novo, levantar novas estruturas, é preciso se despir de todo o resto. É, o resto foi embora: coisas enraizadas, coisas que jamais pude imaginar distância. Pra um mês de esperanças restou-me apenas seguir em frente.
E seguir em frente quer dizer apenas ver o dias passarem, fingir que faz coisas corriqueiras, andar pelas mesmas ruas com algumas peças de roupa diferentes. Significa apenas não pensar nos dias e em sua vida. Significa basicamente por um pé à frente do outro e retomar o aprendizado do primeiro ano de vida.
E vivemos retomando aprendizados, vivemos por repetição, por imitação de processos básicos e convencionados. Tantas coisas foram estipuladas, foram dadas por acabadas. Queria me sentir um ser acabado e pronto, talvez até convencionado. Mas o que mais me perturba é o fato de ser uma eterna busca de coisas talvez incompreendidas, que precisam passar pela apuração da sociedade.
Então todos se acabam e se constroem todo o tempo. Todos são muito e são nada ao mesmo tempo e ninguém sabe como isso acontece. Escolher uma ação é por reação excluir outra.
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